SSE (Security Service Edge): o que é, componentes, benefícios e como funciona

Mãos digitando em notebook com gráficos e um ícone de cadeado digital em destaque, ilustrando SSE (Security Service Edge) e proteção de dados na nuvem.
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O SSE é a camada de segurança do SASE (que também inclui SD-WAN).

Um conjunto completo de serviços de segurança em nuvem SSE permite que as organizações protejam sua força de trabalho contra ameaças da Internet, forneça acesso seguro e adaptável a aplicativos corporativos privados e proteja dados em todas as suas plataformas e aplicativos em nuvem.

Continue a leitura para saber mais sobre a solução. Até o final do artigo, confira:

  • O que é SSE?
  • Componentes do SSE
  • SASE vs SSE
  • Por que você precisa de SSE?
  • Principais benefícios do SSE
  • Como funciona o SSE?
  • Principais casos de uso
  • 3 coisas importantes para selecionar a solução SSE certa
  • FAQ: dúvidas frequentes sobre o Security Service Edge (SSE)
  • Considerações finais

O que é SSE?

SSE é a sigla para Security Service Edge, que em português significa Borda de Serviço de Segurança. Trata-se de uma estrutura de segurança na nuvem que combina várias funções de segurança para proteger o acesso de usuários remotos a aplicativos e dados na web, SaaS e privados.

Componentes do SSE

O SSE é composto por três soluções:

  • Secure Web Gateway (SWG): sua função é proteger a força de trabalho e os dispositivos de todas as ameaças baseadas na Internet;
  • Zero Trust Network Access (ZTNA): protege o acesso a aplicativos privados, estejam eles em um data center ou hospedados na nuvem.
  • Cloud Access Security Broker (CASB): protege os dados armazenados em ambientes multi-nuvem.

– Leia também: Zero Trust: o que é e como implementar o conceito de Confiança Zero na prática

SASE vs SSE

SASE (Secure Access Service Edge), em português frequentemente traduzido como Borda de Acesso Seguro, é uma arquitetura que permite que serviços de rede e segurança sejam consumidos usando um controle e um plano de gerenciamento unificado.

Os serviços oferecidos por essa arquitetura têm como foco melhorar a experiência do usuário final e reforçar a postura de segurança, ao mesmo tempo em que reduzem custo e complexidade para as equipes de TI.

O SASE reúne duas camadas principais:

  • Serviços de Rede (WAN Edge) — inclui SD-WAN para otimização da WAN, controle de qualidade de serviço (QoS) e acesso direto de filiais à Internet;
  • Serviços de Segurança (Security Service Edge) — engloba tecnologias como SWG (Secure Web Gateway), CASB (Cloud Access Security Broker) e ZTNA (Zero Trust Network Access), oferecendo uma plataforma unificada para aplicar políticas de segurança consistentes e proteger usuários, dados e aplicações.

Ou seja, o SSE é uma das camadas do SASE, enquanto o SASE é uma solução mais abrangente, que integra tanto as funções de segurança providas pelo SSE quanto os serviços de rede (WAN Edge) em uma oferta unificada.

Diagrama circular comparando SASE e SSE, mostrando serviços WAN e de segurança
Diagrama comparativo entre SASE (WAN + segurança) e SSE (serviços de segurança na nuvem).

Por que você precisa de SSE?

Tradicionalmente, a segurança de uma organização tem sido tratada de forma muito isolada e usando produtos de vários fornecedores que foram implantados em um data center.

Com a aceleração para a nuvem e a força de trabalho se tornando híbrida, a abordagem tradicional não atende aos requisitos do estilo de trabalho moderno devido aos seguintes pontos:

  • A arquitetura tradicional de Castle and Moat exige que todo o tráfego seja redirecionado para o data center, adicionando latência e resultando em uma experiência ruim para o usuário final;
  • Requer gerenciamento extensivo, incluindo manutenção, administração e novas implantações, o que mantém a TI estressada e permite menos tempo para se concentrar em iniciativas estratégicas e no crescimento da equipe;
  • Ele não fornece visibilidade e monitoramento completos do tráfego e ações de usuários finais relacionados ao trabalho, resultando em práticas de trabalho inseguras e caras.

Principais benefícios do SSE

Serviços completos e unificados de segurança permitem que os clientes:

1. Forneça um ambiente seguro e produtivo para a força de trabalho híbrida

Como um serviço nativo da nuvem, ele fica alinhado com os aplicativos na nuvem e não requer backhauling, proporcionando uma experiência de usuário final em tempo real.

– Leia também: 5 dicas de segurança de dados para empresas de tecnologia que trabalham em um ambiente de trabalho híbrido

2. Modernize a TI com uma plataforma unificada entregue na nuvem

Uma plataforma unificada e entregue na nuvem minimiza o gerenciamento de políticas de segurança e não requer manutenção diária, proporcionando tempo para que a TI se concentre em iniciativas estratégicas, bem como em seu crescimento profissional.

3. Proteja os dados corporativos armazenados em várias plataformas de nuvem

À medida que todo o tráfego corporativo passa por essa solução de proxy único, ela ajuda a identificar Shadow IT e capacita os usuários finais a usar aplicativos sancionados com segurança. Ele também inspeciona todo o tráfego de entrada e saída da Internet para parar e ameaças baseadas na Internet, como ransomware.

Como funciona o SSE?

O Security Service Edge (SSE) faz parte da estrutura SASE, que oferece segurança fornecida como um serviço.

Esses serviços são nativos da nuvem, que oferecem escalabilidade ilimitada, alta resiliência e facilidade de gerenciamento.

Como esses serviços funcionam como um só, ele protege a jornada de um usuário desde seu endpoint até o acesso ao trabalho na nuvem e vice-versa.

Abaixo você confere um exemplo de tal ilustração:

Diagrama vertical mostrando como funciona o SSE: identificar usuários, proteção de acesso e dados em aplicações na nuvem.
Diagrama que explica o funcionamento do SSE

Ou seja:

  1. Identificar usuários e dispositivos: São o ponto de partida da segurança. É preciso identificar quem se conecta e com quais equipamentos;
  2. Identificar usuários: autenticação e gestão de identidade (SSO, MFA, provisionamento/desprovisionamento e gestão de privilégios) para garantir que apenas identidades válidas e autorizadas acessem os recursos;
  3. Proteger acesso a apps privados: controle de acesso baseado em políticas que restringe e monitora o acesso a aplicações internas sem depender de backhauling via VPN;
  4. Proteger usuários de ameaças internas: detecção de comportamentos anômalos, prevenção de abuso de credenciais e resposta a incidentes internos para minimizar riscos causados por erro humano, contas comprometidas ou má intenção;
  5. Proteger dados em apps sancionados e não sancionados: classificação e proteção de dados em SaaS aprovados e em aplicações de terceiros (shadow IT), evitando vazamento ou exposição de informações sensíveis independentemente de onde estejam armazenadas;
  6. Proteger nuvem/apps e serviços corporativos: local onde dados e aplicações residem (ex.: Salesforce, AWS, Office 365, servidores internos …). As medidas anteriores devem ser aplicadas e integradas a esses ambientes para garantir proteção consistente.

Principais casos de uso

1. Uso seguro da web e da nuvem

  • Permita que os funcionários acessem com segurança as informações de que precisam, seja acesso geral à Internet ou aplicativos corporativos hospedados na nuvem ou entregues como SaaS. Uma estrutura de política unificada ajuda a proteger esses funcionários contra ameaças baseadas na Internet, como ransomware, além de proteger as informações corporativas armazenadas em vários aplicativos de nuvem, SaaS e privados;
  • Evite qualquer configuração incorreta de política e reduza qualquer risco como resultado de erro humano ou incompatibilidade de política na nuvem.

2. Detectar e mitigar ameaças

  • Permita que a TI descubra quaisquer atividades não autorizadas por usuários em termos de uso de aplicativos SaaS não autorizados para compartilhar informações corporativas. Isso permite que a TI proteja esses aplicativos e permita que os usuários continuem usando esses aplicativos enquanto seguem as práticas de segurança adequadas;
  • Descubra e corrija qualquer conteúdo malicioso inspecionando todo o tráfego de entrada e saída da Internet e evitando danos às redes corporativas, incluindo o roubo de informações confidenciais;
  • Impeça o acesso não autorizado a aplicativos com base em políticas de acesso adaptáveis ​​baseadas no risco do usuário, na postura do dispositivo e na localização do usuário.

3. Conecte e proteja os trabalhadores remotos

  • Forneça aos usuários a flexibilidade de usar qualquer dispositivo de qualquer local com acesso baseado e sem agente a aplicativos privados;
  • Proteja os trabalhadores remotos contra ameaças baseadas na Internet, como ataques de ransomware e phishing.

– Leia também: O que é BYOD (Bring Your Own Device)? Entenda os riscos do seu uso sem um MDM

4. Identifique e proteja informações confidenciais

  • Descubra informações confidenciais automaticamente com controles em linha que permitem a aplicação de políticas de segurança em tempo real e evita a exposição de dados confidenciais em tempo real.
  • Evite a exposição de dados confidenciais, mesmo que os arquivos sejam compartilhados com terceiros, como parceiros e contratados, com políticas de segurança incorporadas aos arquivos.

3 coisas importantes para selecionar a solução SSE certa

Ao selecionar a estratégia de segurança certa para sua organização, lembre-se do seguinte:

  • Uma plataforma unificada garantirá seu investimento no futuro: procure fornecedores que ofereçam plataformas nativas da nuvem que o ajudarão a construir sua pilha como uma solução única e integrada. Ele o ajudará a minimizar a sobrecarga de gerenciamento, proteger seu investimento no futuro, permitir que sua TI se concentre em iniciativas importantes e estratégicas e fornecer uma ótima experiência ao usuário final;
  • Construído do zero com confiança zero: Uma solução, construída como nativa da nuvem desde o início, fornecerá a melhor escalabilidade e confiabilidade para seus negócios. Uma solução baseada em confiança zero ajudará você a modernizar sua segurança de TI, protegê-lo de todas as ameaças modernas vindas da Internet ou de funcionários internos, além de fornecer flexibilidade para sua força de trabalho moderna trabalhar de qualquer lugar usando qualquer dispositivo;
  • Forneça ferramentas para descobrir e monitorar todo o tráfego corporativo: A solução certa pode permitir que a TI implemente controles de segurança para proteger as informações corporativas contra exposição e uso indevido. Ao fazer isso, a TI pode ser mais flexível ao permitir que os usuários continuem usando aplicativos não autorizados para seu trabalho.

– Leia também: O que é firewall de rede? Principais tipos, por que sua empresa precisa e soluções

FAQ: dúvidas frequentes sobre o Security Service Edge (SSE)

O que significa a sigla SSE?

SSE é a sigla para Security Service Edge, que em português significa Borda de Serviço de Segurança.

O que é SSE?

Trata-se de uma estrutura de segurança na nuvem que combina várias funções (como SWG, ZTNA e CASB) para proteger o acesso de usuários remotos a aplicativos e dados na web, em SaaS e em aplicações privadas, oferecendo inspeção de tráfego, controle de acesso e proteção de dados de forma unificada.

Quando usar SSE?

Use SSE quando sua organização precisa modernizar a segurança para um ambiente de trabalho híbrido e aplicações na nuvem, especialmente para evitar backhauling de tráfego ao data center, reduzir complexidade e custo de gerenciar múltiplas soluções, melhorar a experiência do usuário final e garantir visibilidade, e controlar e proteger os dados em múltiplas plataformas de nuvem.

SASE vs SSE, qual a diferença?

O SASE é uma arquitetura ampla que unifica serviços de rede e serviços de segurança numa mesma plataforma gerenciada. O SSE corresponde especificamente à camada de Serviços de Segurança dentro do SASE, ou seja, o SSE fornece as funções de segurança (SWG, CASB, ZTNA) enquanto o SASE integra essas funções com os serviços de rede.

SSE vs SWG, qual a diferença?

O SWG (Secure Web Gateway) é uma das soluções que compõem o SSE e tem a função específica de proteger a força de trabalho e os dispositivos contra ameaças baseadas na Internet; já o SSE é o conjunto mais amplo de serviços de segurança em nuvem (incluindo SWG, ZTNA e CASB) destinado a proteger acessos, aplicações e dados de forma integrada.

Considerações finais

O SSE é a peça central para proteger uma força de trabalho distribuída, consolidando SWG, ZTNA e CASB em serviços nativos da nuvem que oferecem inspeção contínua, controle adaptativo e proteção de dados.

Ao substituir o modelo Castle and Moat por uma abordagem baseada em identidade, contexto e risco, ele reduz latência, simplifica operações e reforça a segurança. Para adotar com sucesso a solução, prefira plataformas cloud-native com arquitetura de confiança zero e valide a implementação com um projeto piloto para medir usabilidade, cobertura e gestão.

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